Eu acordei atordoada naquela noite, o pesadelo foi pior do que o normal, pesadelo para alguns, sonhos para mim. Eu estava suada, estava com o coração pulsando mais do que o normal, eu não sei bem se eu estava nervosa ou feliz, bem vou contar-lhes meu sonho.
Era uma noite fria, porém, eu estava com uma roupa leve, não sei o motivo, mas eu estava como uma princesa, uma princesa de preto. Eu andava sobre sepulturas, como uma bailarina fazendo malabarismo com os meus pés gelados e pálidos. Em um rodopio tropecei e cai dentro de um buraco negro... Continuei a cai em um abismo escuro, mas eu sabia que isso iria me levar ao meu lugar favorito, a casa de titia, titia morte, estava enganada. O abismo me levou a um mar, um mar de almas pedindo socorro, sim eu tinha chegado ao inferno. Não passei muito tempo por lá, apenas alguns minutos, eu tive medo, medo de não poder voltar para casa. Um rapaz bem arrumado chegou para mim beijo-me a mão e me desejou boas vindas e me conduziu a uma salinha pequena e confortável, toda de fogo e disse-me:
- Sente-se, o senhor S já vai falar com você.
- Quem é você? – Me atrevi a perguntar.
- Sou um ajudante. – respondeu com um sorriso irônico.
Alguns minutos depois o senhor S apareceu e me disse apenas uma frase.
- Princesa, é um prazer lhe conhecer, lembre lembranças a senhora Morte e diga à ela que um dia você não me escapa.
- V-você é... V-você é...
*risadas demoníacas* e eu acordei.
Eu não sei bem o que fazer, depois de um tempo procurei Titia para conversar com ela... E ela apenas me disse outra frase:
- Princesa, calma, ele não poderá tocar em você. Tenho que ir. Tchau.
Eu não sei o que isso quer dizer, mas sei que a cada noite que passa mais fúnebre minha vida se torna.
- Maria Albuquerque.
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